No anseio de associar o nome do ex-presidente Fábio Koff ao seu candidato, a chapa de Adalberto Preis promoveu a primeira trapalhada da eleição presidencial do Grêmio. Nessa segunda, dia 12, pouco depois das 17h, Jorge Karan, coordenador da campanha do candidato, ligou para a imprensa para convocar uma entrevista coletiva, à noite. Nela, Ivone Koff, mulher de Fábio, anunciaria, em seu apartamento no bairro Rio Branco, a intenção de votar em Preis.

Na hora marcada, os repórteres que se dirigiram ao prédio do casal foram surpreendidos com um aviso de Koff, transmitido pelo porteiro: não poderiam subir ao apartamento e a entrevista estava cancelada, sem maiores explicações.

A intenção de Ivone era comemorada pelos companheiros de Preis. Antes mesmo do anúncio oficial, o site do candidato já festejava o reforço. Afinal, Fábio Koff reiterou nessa segunda, mais uma vez, que se manterá "alheio" à eleição, sem declarar apoio público a nenhum dos candidatos. E a simpatia de sua mulher poderia representar um indicativo do voto do presidente do Clube dos 13.

– Falei com ela no sábado, quando manifestou a intenção de votar em mim e me autorizou a revelar sua vontade. Hoje à tarde (ontem) ela confirmou o voto e falou que daria entrevistas sobre isso. Não sei o que aconteceu – disse Preis, à noite, ao retornar de Florianópolis, onde negociava com possíveis investidores no futebol gremista.

Na prática, o apoio de Ivone teria pouco valor. Segundo admitiu o próprio grupo de Preis, ela não é sócia e não está habilitada a votar na eleição de quinta-feira. Ontem à noite, Koff afirmou não ter certeza se sua mulher é mesmo sócia.

– Aqui em casa, cada um vota em quem quiser. Ela não me disse nada sobre isso. E, pelo que sei, ela teria dito apenas que simpatizava com a candidatura de Preis – desconversou Koff, dizendo que Ivone não estava em casa para atender o telefonema.